sexta-feira, 11 de abril de 2014

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Ao iniciar o trabalho com uma nova turma de Pós-Graduação, a de Engenharia de Segurança do Trabalho quero dar as boas vindas aos novos alunos e desde já, instigá-los a pensar em projetos de pesquisa comprometidos com a área de conhecimento mas, sobretudo, voltados a resolver problemas do cotidiano de sua atividade profissional e das demandas de nossa região.
Talvez seja prudente lembrarmos do objetivo do curso: O Curso de Especialização, em nível de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho tem por objetivo o aperfeiçoamento de profissionais, de nível superior registrado no CREA, visando um resultado mais eficaz nas ações de prevenção dos riscos profissionais e em promoção de melhorias nas condições de trabalho. Prevenção é a palavra chave que move estes profissionais a buscar uma especialização com propósitos profissionais evidentes mas, é também uma tomada de postura e conscientização  em prol de uma melhor condição de trabalho para todos.
Dados do Ministério da Previdência Social dão a noção exata de que ao se falar em segurança do trabalho estamos discutindo um tema que efetivamente interessas a todos nós.
    


  • Os acidentes de trabalho afetam a produtividade econômica, são responsáveis por um impacto substancial sobre o sistema de proteção social e influenciam o nível de satisfação do trabalhador e o bem estar geral da população. No Brasil, os registros indicam que ocorrem três mortes a cada duas horas de trabalho e três acidentes a cada minuto de trabalho. Isso apenas entre os trabalhadores do mercado formal, considerando o número reconhecidamente subestimado de casos para os quais houve notificação de acidente do trabalho, por intermédio da Comunicação do Acidente do Trabalho - CAT.
  • Estima-se que a ausência de segurança nos ambientes de trabalho no Brasil tenha gerado, no ano de 2003, um custo de cerca de R$32,8 bilhões para o país. Deste total, R$ 8,2 bilhões correspondem a gastos com benefícios acidentários e aposentadorias especiais, equivalente a 30% da necessidade de financiamento do Regime Geral de Previdência Social – RGPS verificado em 2003, que foi de R$ 27 bilhões. O restante da despesa corresponde à assistência à saúde do acidentado, indenizações, retreinamento, reinserção no mercado de trabalho e horas de trabalho perdidas. Isso sem levar em consideração o sub-dimensionamento na apuração das contas da Previdência Social, que desembolsa e contabiliza como despesas não acidentárias os benefícios por incapacidade, cujasCAT’s não foram emitidas. Ou seja, sob a categoria do auxílio doença não ocupacional, encontra-se encoberto um grande contingente de acidentes que não compõem as contas acidentárias.